Já percebeu o quanto a pandemia mudou a nossa percepção de bem-estar?
Estamos sempre de olho nas necessidades da sociedade e como os empreendedores devem se moldar para acompanhar as mudanças do mundo. Nós já abordamos aqui, nesta matéria, as principais tendências de consumo para 2022 e agora, trazemos uma visão sobre o que podemos esperar no mercado de alimentação e nutrição para os próximos anos.
O COVID-19 mudou a maneira como nos alimentamos
Depois da pandemia, ficou ainda mais evidente a busca por alternativas saudáveis na alimentação. As opções plantbased já eram populares e, depois das preocupações e necessidades de melhorar a saúde, elas se tornaram ainda mais comuns. Aqui, na NaturalChef, nós ensinamos que os alimentos devem fazer bem antes, durante e depois do consumo. Isso engloba toda a produção dos ingredientes desde o início. Prezamos pelo uso de ingredientes naturais, alternativas saudáveis e não processadas.
O que você sabe sobre as etapas de produção e transporte dos alimentos que consome? A origem dos alimentos tem se tornado cada vez mais importante para a população. A transparência não só para quem mantem dietas com ingredientes de origem animal, como toda a cadeia de fornecedores. Buscamos saber onde tal produto foi produzido, o quão processado ele foi e toda a jornada do início da produção até o garfo.
A farmácia natural dos alimentos.
Estamos em busca de saúde, bem-estar e melhora do humor. Apesar de termos suplementos cada vez mais à nossa mão, usar os alimentos como medicação ou, como costumamos falar, os alimentos como terapia é uma tendência que vem crescendo exponencialmente. Os consumidores desejam alimentos que elevem a imunidade e humor, então os produtos inovadores ganham destaque.
De acordo com pesquisas da Euromonitor, 64% dos consumidores acreditam que bem-estar é a prioridade número um da nossa saúde.
Outra tendência em crescimento é a procura por alimentos que prometem melhorar a aparência, criando a oportunidade de venda de beleza comestível. Como assim?
Segundo a Euromonitor, o Colágeno é um dos nutrientes funcionais que tem ficado muito popular nos últimos anos. Com uso atrelado à melhora do cabelo, pele, unhas e outros benefícios e, embora tenha muitas controvérsias nos artigos de nutrição, ele tem se tornado popular. Ainda segundo a Euromonitor, 46% dos consumidores globais se preocupam com a saúde da pele e 52% reclamam de dores nos músculos e articulações. Com isso em mente, as empresas alimentícias começaram a investir nessa área.
Alimentos com o mínimo de processamento
Aqui na Escola, nós procuramos consumir alimentos na forma mais natural possível ou com poucos ingredientes. O aspecto da população mundial é semelhante:
Existe uma crescente procura dos consumidores por ingredientes simples, com nomes reconhecíveis e que sejam saudáveis tem acelerado a inovação de diversos tipos de produtos.
As empresas já estão recriando fórmulas para reduzir a quantidade de ingredientes e substituir o que é artificial por opções naturais e mais saudáveis. Você já pode perceber isto ao analisar prateleiras nos super mercados, onde podemos ver nos rótulos com maior frequência a presença de stévia, psyllium, farinha de biomassa de banana verde, leites vegetais, castanhas, farinhas integrais, chia, azeite de oliva, entre outros.
Segundo as pesquisas da Euromonitor sobre estilo de vida, em 2040, quase metade da população acima de 18 anos estará acima do peso ou em situação de obesidade.
É global a preocupação em melhorar os hábitos alimentares e prestar mais atenção ao consumo de nutrientes necessários para equilibrarmos o funcionamento do nosso corpo. O lema é: desembalar menos, descascar mais.
Dieta plant-based e proteínas alternativas
Você provavelmente conhece algum vegetariano ou vegano nos seus círculos sociais. A sociedade está num movimento de busca por um dia a dia mais ético e saudável, evitando usar produtos à base de animais e apostando em novos ingredientes. Os substitutos da carne ou alimentos desenvolvidos em laboratório têm oferecido a possibilidade de reproduzir o sabor, texturas e até mesmo a experiência de cozinhar.
A busca por opções mais sustentáveis por parte dos consumidores também faz crescer o desenvolvimento e a variedade desses substitutos à base de plantas. Nas nossas aulas, costumamos aprensentar opções vegetarianas ou veganas quando a preparação tem algum ingrediente de origem animal. É uma forma de promover a alimentação inclusiva, para que todos possam provar as delícias que fazemos por aqui.
Hambúrguer vegetariano, bife vegano, frango vegetal, quibe vegetariano são nomes cada vez mais comuns nas prateleiras e, além disso, as marcas que focam nesse tipo de alimento estão ganhando espaço na mente dos consumidores.
Zero lactose
Os produtos sem lactose ou com ingredientes alternativos estão consideravelmente à frente das carnes vegetais. Os consumidores já podem escolher entre diversos produtos e marcas que desejam consumir.
É nítida também a preocupação da população com os impactos que a indústria de laticínios causa no meio ambiente, assim como os as consequências para a saúde e problemas no trato digestório. As alternativas à base de soja, castanha e aveia fazem parte de uma enorme parte das vendas e a popularidade de cada um varia de acordo com o lugar em questão onde são consumidas.
O desenvolvimento de produtos sem ingredientes lácteos ou sem lactose está acontecendo e melhorando cada vez mais a textura e sabor desses produtos. Já imaginou provar um brigadeiro vegano? Isso é possível e nós temos cursos que ensinam receitas populares em versões veganas, vegetarianas, lowcarb e cetogênicas.
Frutos do mar à base de plantas?
As preocupações com a sustentabilidade na cadeia de produção também incluem os frutos do mar que, agora, têm opções à base de plantas que são quase idênticas às opções originais. As grandes empresas de frutos do mar estão investindo cada vez mais em alternativas que imitam os produtos mais procurados e já percebem a importância dos ingredientes à base de plantas.
Saúde em primeiro lugar
Todos esses investimentos em inovações são claras evidências que os consumidores estão buscando opções alternativas para a ingestão de proteínas e outros nutrientes.
A saúde é a principal fomentadora das substituições dos alimentos. Como resultado, o desafio dos rótulos cada vez mais limpos faz com que os ultraprocessados, transgênicos, aditivos desnecessários sejam evitados no dia a dia de quem já está ligado nas tendências e no bem-estar do próprio corpo. Nossa dica é: priorize alimentos que você reconhece os nomes dos poucos ingredientes que possuem.
Sustentabilidade
A origem dos produtos que consumimos é o ponto principal da sustentabilidade. Escolher marcas que escolhem o lado ético ou têm propósitos que beneficiam o meio ambiente.
Segundo o Euromonitor, os orgânicos chamam a atenção, assim como os veganos, vegetarianos, produtos não testados em animais, marcas que lutam por uma causa como caridade, animais bem tratados, ingredientes sem transgênicos e outras características ecologicamente aceitáveis de diversos tipos de produtos.
Além disso, a valorização do produtor local está mais forte que nunca. As pessoas escolhem suas frutas e verduras em feiras perto de casa, em oposição às grandes cadeias de supermercados que ofertam produtos geralmente com menor qualidade.
Durante a pandemia, os consumidores se voltaram aos produtores locais pela segurança, transparência e qualidade. Segundo o Euromonitor, esse número de pessoas que preferem comprar localmente é de 62% entre todos os consumidores.
A entrega rápida de compras feitas virtualmente também teve maior procura e a população espera que a facilidade de encontrar bons insumos seja maior a cada dia.
Produção caseira
Outra característica que surgiu após a pandemia foram as produções caseiras. Seja uma horta nos fundos de casa, um queijo artesanal, um pão de fermentação natural, as pessoas começaram a fazer mais alimentos em casa, o que torna o dia a dia potencialmente mais saudável. Você também começou a se aventurar nas produções artesanais?
Mais saúde
Nesta pesquisa do Euromonitor, pudemos entender que os consumidores estão sendo cada vez mais exigentes com a qualidade dos alimentos que consomem. Os nutrientes e as estratégias para disponibilizar alimentos ricos em saúde são cada vez mais importantes para melhorar a qualidade da alimentação de todas as pessoas.
As alternativas plant-based têm um futuro promissor. As categorias de alimentos com opções vegetais são cada vez maiores, incluindo queijos vegetais, versões vegetais de frutos do mar, entre outros. Alimentos reformulados para trazerem mais nutrição com rótulos livres de conservantes prejudiciais à saúde. Além disso, os maiores investimentos são em sustentabilidade e segurança alimentar, evidenciando uma comunidade mais consciente.
A NaturalChef está sempre de olho nas tendências mundiais que abrangem a alimentação, nutrição e padrões de consumo no mundo inteiro. Um dos desafios anuais que mais adoramos alcançar é antecipar as tendências e formular cursos que atendam as necessidades dos consumidores.