EM 23 de dezembro de 2021

Já faz algum tempo que percebemos uma transformação constante no mercado de alimentação, seja por intervenções tecnológicas ou por mudanças nos hábitos de consumo da população. Essas mudanças fazem com que o empreendedor precise se adaptar, e muitas vezes se reinventar, para alcançar sucesso nesse segmento. De acordo com pesquisas feitas pela Abrasel e outras referências nacionais, separamos algumas tendências atuais para o mercado de alimentação. Confira:

Saúde

A preocupação com a saúde é algo crescente e a alimentação saudável é parte fundamental nesse movimento. Um dos indicadores desse fenômeno é a queda na demanda por alimentos ultra processados. Nesse cenário, alimentos funcionais, orgânicos, veganos e frescos tendem a agradar mais o consumidor atual.

Apesar de não ser um movimento novo, a pandemia de Covid-19 intensificou a preocupação com a imunidade. Portanto, alimentos que tragam algum benefício funcional passaram a ganhar mais destaque. Alimentos funcionais são aqueles que, se ingeridos de maneira constante, auxiliam na prevenção ou curas de algumas doenças.

Como exemplos podemos citar o uso de especiarias, como açafrão da terra e pimenta preta, biomassa de banana verde, aveia e outros cereais ricos em fibras; e probióticos, como kombucha e kefir.

Transparência

O consumidor está cada vez mais atento à composição dos alimentos. Dentre as substâncias que mais estão sendo rejeitadas pela população estão os agrotóxicos, conservantes químicos, corantes e aromatizantes artificiais. Além disso, as marcas que informam também a presença de alimentos que possam fazer mal a algumas pessoas, como glúten, lactose e alergênicos, terão a confiança do público e, consequentemente, melhores vendas.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estabeleceu, em outubro de 2020, novas normas de rotulagem nutricional de alimentos embalados. As mudanças consistem em incluir na tabela nutricional mudanças que informem de forma mais clara se aquele alimento contém alto teor de alguma substância que pode ser prejudicial à saúde. Exemplo: sódio, açúcar, gorduras saturadas. A resolução entrará em vigor somente em outubro de 2022, tempo suficiente para que a indústria se adeque.

Conveniência

A pandemia intensificou o uso de serviços de entrega de alimentos e essa é uma tendência que tende a permanecer, mesmo com o retorno das atividades presenciais. Oferecer praticidade é regra para quem quer ter sucesso nesse cenário em transformação. Delivery e e-commerce deixaram de ser um diferencial para as empresas e passaram a ser um serviço essencial, e são modelos que ainda tendem a crescer e modernizar muito.

Prazer

De maneira geral, as pessoas querem comer alimentos saudáveis e ao mesmo tempo saborosos, o que acaba criando uma nova demanda ao mercado gastronômico. O alimento saudável sem sabor já não agrada há muito tempo os clientes. O empreendedor que deseja se destacar precisa se qualificar com os novos conhecimentos que a gastronomia funcional tem desenvolvido.

Sustentabilidade

O consumo consciente vai muito além do descarte correto dos resíduos sólidos. Essa é uma preocupação em franco crescimento em todo o mundo. O consumidor quer saber mais sobre quais impactos ambientais causa aquele produto que ele está adquirindo. Embalagens recicláveis, utilização de insumos orgânicos, destinações corretas dos resíduos sólidos, entre outras ações, podem ganhar a confiança e preferência do público.

Vegetarianismo

Segundo uma pesquisa, de 2018, do Ibope e da Sociedade Vegetariana Brasileira, 14% da população brasileira se declara vegetariana. E esse número é quase o dobro em relação a 2012. O Ibope também afirma que 55% dos brasileiros consumiriam mais produtos veganos se estivesse indicado na embalagem ou se tivessem o mesmo preço dos produtos que estão acostumados a consumir. De acordo com a mesma pesquisa, em 2018 a população vegetariana dobrou em relação aos sete anos subsequentes, atingindo o marco de 29 milhões de brasileiros.

Além das pessoas que se autodenominam vegetarianas ou veganas, existem aquelas que consomem produtos veganos por conta de algum tipo de alergia causada pelos alimentos de origem animal, como o leites e ovos. Outras pessoas vêm adotando uma diminuição do consumo de carnes e se abrindo cada vez mais aos alimentos veganos, estes denominados flexitarianos.

Considerando que, aliado ao crescimento das doenças alérgicas e de intolerância à proteína dos leites de origem animal, produtos para vegetarianos e veganos é uma tendência que veio para ficar, e tende a aumentar. Portanto um nicho muito interessante para ser explorado.

Apesar de sabermos que o ramo da gastronomia saudável está sempre em constante mudança e evolução, as tendências citadas nessa matéria parecem que vieram mesmo para ficar, mesmo que daqui um tempo deixem de ser um diferencial para ser o mínimo necessário para sobreviver no mercado.

Por isso, se você deseja empreender no ramo da gastronomia nos próximos anos, aposte em um cardápio saudável, transparente nas informações nutricionais, com as melhores técnicas gastronômicas, alinhado aos conceitos de sustentabilidade, e invista em um serviço de qualidade para o seu cliente. No curso de formação Diploma NaturalChef os alunos aprendem uma grande variedade de habilidades relacionadas ao conhecimento de culinária funcional, para que aprenda a transformar alimentos em terapia e esteja à frente da tendência mundial de gastronomia preocupada com saúde e sustentabilidade.